quarta-feira, 16 de maio de 2012

CONFISSÃO 6


Há momentos na nossa vida que começamos a refletir sobre coisas que passaram e como deveríamos ter nos comportados nessas situações. Sim, são muitas atitudes que poderiam ser diferentes, mas, por estarmos cegos, não conseguimos perceber que aquilo não está certo, e mesmo assim tentamos levar em frente algo que não tem mais solução. Não, não tenho arrependimento de nada do que já fiz. Arrependo-me apenas de ter esperado algo de alguém, algo que sabia que não teria, mas esperei mesmo assim. No fundo pensamos que mais dia menos dia a mentalidade mudará e então nos perceberá. Mas esse dia não chega. Tentamos, de alguma forma, mostrar que faríamos falta caso fossemos embora, mas percebemos que não fazemos parte das prioridades de sua vida. Então, ficamos tristes, pois todos os dias, desde que se viram, ela não sai do nosso pensamento, mas nós nunca estivemos no dela. Ainda tentamos retomar algum laço, aquele que foi quebrado devido aos enlaces da vida, mas não dá, não conseguimos reconstruir algo que se partiu. Falta alguma coisa, aquela sintonia não existe mais. E mesmo assim lembramo-nos de tudo que foi passado junto e percebemos: foi bom, mas ficou no passado. Não adianta tentar trazer para o presente algo que não faz mais parte da nossa vida. Algo que não depende apenas de uma pessoa para acontecer, mas de uma mutualidade que não há. Não por você, mas por ele, que te tratou como se fosse apenas um passatempo, como um brinquedo barato que não se precisa ter consideração, porque tem vários outros. Mas não, você não é esse brinquedo!, e ninguém pode chegar e dizer o contrário…

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