domingo, 27 de fevereiro de 2011

DIANE BIRCH

Nascida em Michigan, Diane Birch passou toda sua infância em Zimbábue, África do Sul e Sydney, Austrália. Quando era adolescente, retornou aos Estados Unidos com a família e se instalou em Portland, Oregon.

Birch começou a estudar piano usando o Método Suzuki, aos sete anos de idade. Quando teve idade o suficiente, mudou-se para Los Angeles e fez alguns trabalhos como "pianista de contrato". Depois de ter sido descoberta no MySpace, Birch se mudou para Londres onde assinou um contrato de publicidade e escreveu a maior parte das músicas de seu álbum de estréia. Em 2007, ela se mudou para Nova York depois de assinar com Steve Greenberg, a S-Curve Records.

As múltiplas viagens, conjugadas com a vivência dos corais de igreja (seu pai é pastor), o estudo dos clássicos no piano e uma fase gótica exemplar (Joy Division, Cure, Sister of Mercy), ajudaram a formar a mente musical de Birch, que também estudou o jazz, a soul music e os Beatles. Assim nasceu 'Bible Belt', um disco irresistível, viciante. As músicas são gostosas e Birch passeia com tranquilidade pelo soul, jazz, folk e pop. O acabamento sonoro é impecável, sem agressões, sem exageros. Tudo com estilo e bom gosto.

Vejam com os próprios olhos...

Nothing But a Miracle



Don't Wait Up



Fools

sábado, 26 de fevereiro de 2011

CONFISSÃO 3

Às vezes ficamos com um vazio... Bate aquele sentimento de que estamos sozinhos mesmo com tantas pessoas ao redor... O que falta? O que é preciso para preencher esse buraco que se formou em mim? São tantas perguntas que sabemos a resposta, mas temos medo de admitir... Talvez por causa das consequências que essas revelações podem trazem... Todos têm medo de revelar suas fraquezas, de mostrar qual o seu verdadeiro ponto fraco... Eu tenho o meu: amor...

Minha primeira paixão foi aos seis anos (sim, precoce)... Nunca esqueci o rosto daquele garoto que eu vi apenas uma vez na minha vida e que deveria ter o dobro da minha idade ou mais... Por toda minha vida sempre me apaixonei por alguém e na maioria das vezes não fui correspondida. Não sei se “escolhia” o cara errado, se não era pra ser ou simplesmente a culpa era dele e não minha... Já levei muito na cara por conta dessas paixões platônica! Mas já tive também rapazes que me amaram e eu simplesmente disse não, afinal, como a sabedoria popular já diz: a gente nunca ama quem nos ama...

Já encontrei um grande amor, que me correspondeu, mas apenas de alma... Sim, ele é o cara certo, mas no momento errado... Amor que não tem como explicar, pois nem todas as palavras do mundo conseguiria descrever a infinidade do que sentimos, pois é a forma mais pura de se amar outra pessoa... Aquele amor que o mais importante no mundo não é a sua felicidade, mas a dele... Aquele que tudo compartilha, até os sentimentos, mesmo que estejam longe... O maior e o melhor, sem comparação... “Se é tudo isso, por que não ficar junto?” Porque, infelizmente, a vida tem mistérios que não se consegue desvendar... É preciso mais de uma vida para descobrir essa verdade... Ele não é para ser meu e nem eu dele, não ainda!

Mas não é esse amor que me deixa com esse vazio, é outro... O outro que é aquele sem razão, desvairado e efêmero, que aparece em nossa vida apenas para bagunçar o que achava que estava arrumado... Aquele que você sabe que é o errado (mais uma vez) e mesmo assim você se entrega... Entrega-se de uma forma que nunca havia feito antes... Entrega-se como se fosse a última coisa que fizesse em sua vida... Estar ao lado dele é a coisa mais simples e bela que acontece... Com ele o mundo pára e nada mais tem sentido: só ele! O choque que percorre o corpo ao mínimo toque... O desejo estampado na cara e que leva a cometer loucuras em seu nome... A não resistência... A briga que dura até o momento que se encontra novamente... Aquela química que mesmo com muito tempo sem encontrar ressurge das cinzas e volta a atormentar... Se está longe quer estar perto, mesmo que sem fazer nada, pois mesmo no silêncio se entendem... Amor esse que sabe que irá terminar, por isso aproveita ao máximo para ter a certeza que se tirou o máximo de proveito...

Mas por que, mesmo sabendo disso, a falta enlouquece!? Por que não aceitar essa separação mesmo sabendo que um dia aconteceria?

 Porque o amor ainda está ali, presente... Porque, antes, não se tinha a coragem de assumir que ama, mas agora tem, apesar de todas as consequências que podem acontecer... Pode não ser o amor eterno, mas é amor, porque virou amor... A brincadeira se tornou séria, mesmo que só para uma das partes... Porque a falta já está insuportável, a ponto de não se pensar em mais nada, só na pessoa... Que só uma simples palavra já acalma... Porque já se está em crise de abstinência por conta daquela droga tão maravilhosa em que se viciou... Sim, esse é o tormento do momento: a falta... Essa maldita falta que eu sinto... 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

SURREALISMO


 “O sonho não pode ser também aplicado à solução das questões fundamentais da vida?” (André Breton)

Nas duas primeiras décadas do século XX, os estudos psicanalíticos de Freud e as incertezas políticas criaram um clima favorável para o desenvolvimento de uma arte que criticava a cultura européia e a frágil condição humana diante de um mundo cada vez mais complexo. Surgem movimentos estéticos que interferem de maneira fantasiosa na realidade. O surrealismo foi por excelência a corrente artística moderna da representação do irracional e do subconsciente.

É importante salientar que o Surrealismo é um movimento de vanguarda iniciado no período entre guerras, ou seja, foi criado sobre as cinzas da I Guerra Mundial e sobre a experiência acumulada de todos os movimentos. Entretanto, suas origens estão mais próximas do Expressionismo e da sondagem do mundo interior, em busca do homem primitivo, da libertação do incosciente, da valorização do sonho. 

Este movimento artístico surge todas às vezes que a imaginação se manifesta livremente, sem o freio do espírito crítico, o que vale é o impulso psíquico. Os surrealistas deixam o mundo real para penetrarem no irreal, pois a emoção mais profunda do ser tem todas as possibilidades de se expressar apenas com a aproximação do fantástico, no ponto onde a razão humana perde o controle.

A publicação do Manifesto do Surrealismo, assinado por André Breton em outubro de 1924, marcou historicamente o nascimento do movimento. Nele se propunha a restauração dos sentimentos humanos e do instinto como ponto de partida para uma nova linguagem artística. Para isso era preciso que o homem tivesse uma visão totalmente introspectiva de si mesmo e encontrasse esse ponto do espírito no qual a realidade interna e externa são percebidas totalmente isentas de contradições.

A livre associação e a análise dos sonhos, ambos métodos da psicanálise freudiana, transformaram-se nos procedimentos básicos do surrealismo, embora aplicados a seu modo. Por meio do automatismo, ou seja, qualquer forma de expressão em que a mente não exercesse nenhum tipo de controle, os surrealistas tentavam plasmar, seja por meio de formas abstratas ou figurativas simbólicas, as imagens da realidade mais profunda do ser humano: o subconsciente.

O Surrealismo apresenta relações com o Futurismo e o Dadaísmo. No entanto, se os dadaístas propunham apenas a destruição, os surrealistas pregavam a destruição da sociedade em que viviam e a criação de uma nova, a ser organizada em outras bases. Os surrealistas pretendiam, dessa forma, atingir outra realidade, situada no plano do subconsciente e do inconsciente. A fantasia, os estados de tristeza e melancolia exerceram grande atração sobre os surrealistas, e nesse aspecto eles se aproximam dos românticos, embora sejam muito mais radicais.

Em Salvados Dalí, o mais extravagante dos surrealistas, a influência de Freud é marcante. São temas recorrentes em sua obra: o sexo (e todas as suas atribuições: angústias, medos, frustações, traumas), a memória (sua permanência ou dissipação, representada por relógios que se diluem), o sono e o sonho.

SURREALISMO NA LITERATURA

No Brasil, as ideias do surrealismo foram absorvidas na década de 1920 e 1930 pelo movimento modernista no Brasil. Podemos observar características surrealistas nas pinturas, Nu e Abaporu de Ismael Nery e da artista Tarsila do Amaral, respectivamente.

Na literatura, o livro MACUNAÍMA, de Mário de Andrade, talvez seja o melhor exemplo de influência do surrealismo na literatura brasileira. Escrito em apenas seis dias, com uma narrativa mágica, quase automática, reelabora temas de mitologia indígena e visões folclóricas. É uma das obras modernistas brasileiras mais afinadas com a literatura de vanguarda no mundo, na sua época. Nesse romance encontram-se dadaísmo, futurismo, expressionismo e surrealismo aplicados às raízes da cultura brasileira. Leia um trecho:

“Nesse momento um mulato da maior mulataria trepou numa estátua e principiou um discurso entusiasmado explicando pra Macunaíma o que era o dia do Cruzeiro. No céu escampado da noite não tinha uma nuvem nem Capei. A gente enxergava os conhecidos, os pais-das-árvores os pais-das-aves os pais-das-caças e os parentes manos pais mães tias cunhadas cunhãs cunhatãs, todas essas estrelas piscapiscando bem felizes nessa terra sem mal, adonde havia muita saúde e pouca saúva, o firmamento lá.”

LEITURA

Botafogo

Desfilam algas sereias peixes e galeras
E legiões de homens desde a pré-história
Diante do Pão de Açúcar impassível.
Um aeroplano bica a pedra amorosamente
A filha do português debruçou-se à janela
Os anúncios luminosos lêem seu busto
A enseada encerrou-se num arranha-céu.
                                     
                                           (Murilo Mendes)

CINEMA

Um Cão Andaluz (1928). Direção: Luis Buñuel. Roteiro: Salvador Dalí. Com Luis Buñuel, Salvador Dalí e Jeanne Rucas.

Clássico do surrealismo cinematográfico, cuja origem foi um sonho de Dalí, o excêntrico pintor espanhol. O filme é impregnado de fortes imagens oníricas, ligadas sem nenhuma lógica aparente.

TEATRO

O dramaturgo francês Antonin Artaud é o maior representante do surrealismo no teatro, através de seu teatro da crueldade. Artaud buscava, através de suas peças teatrais, livrar o espectador das regras impostas pela civilização e assim despertar o inconsciente da plateia. Um das técnicas usadas pelo dramaturgo foi unir palco e plateia, durante a realização das peças. No livro O Teatro e seu duplo, Arnaud demonstra sua teoria. Sua obra mais conhecida é Os Cenci, de 1935, onde ele conta a vida de uma família italiana durante a fase do Renascimento. 

domingo, 20 de fevereiro de 2011

CONFISSÃO 2

Para que sentir a falta, se você pode ter sempre ao seu lado?! Basta deixar o orgulho de lado e se entregar a essa paixão! Não deixe a chance passar... Não se permita entregar-se ao arrependimento de algo que poderia ter feito, mas não fez. Viva a vida e deixe que o resto se encaixe. Não se imponha a coisas que não quer... não vale a pena...