segunda-feira, 16 de junho de 2014

HISTÓRIAS

Ela o queria. Queria-o até demais, na opinião das outras pessoas. O problema era que ele não se decidia, nunca, jamais! Mas a vida sempre é cheia de mistérios e caminhos diversos.

Essa paixão começou desde que se conheceram ainda na época da escola. Ela nunca revelou seu sentimento, pois achava que era apenas admiração de amigos. Com o tempo, foi percebendo que aquela admiração podia sim ser algo a mais, pois já não conseguia mais esquecê-lo, ficar longe dele. Todas as vezes que se encontravam era uma emoção diferente vivida por ela.

Assim, ficou claro que aquilo era amor. Sim, amor! Não aquele entre amigos, mas amor entre um homem e uma mulher. Um amor puro e verdadeiro, o qual não morreria jamais, mesmo que recebesse uma negativa para ele.

Começou com brincadeiras, pedidos de casamento aleatórios. Depois começou a falar sério. Ele foi começando a aceitar a ideia, mas sempre dizendo que poderia ser, que talvez acontecesse, sempre cheio de SE.

Mas aquela possível aceitação não avançava. Em alguns momentos, ela chegou a pensar que finalmente aconteceria, mas no momento seguinte a distância já se fez entre eles e suas esperanças foram embora. Pequenos detalhes mudaram, mas ainda assim nada.

Então veio a fase da tristeza. Por que ficar esperando por alguém que não te dá a mínima? Simples, porque o amo! Mas esse amor não bastava mais. Aquela indecisão a estava arrastando para o fundo do poço. A vida não estava mais tão colorida como antes. Continuava passando a noite em claro, mas não mais sonhando com um futuro, e sim com a dor de saber que aquele sonho não se concretizaria nunca.

Sim, minha vida, o amor é paciente! Mas essa paciência também chega ao limite, porque a dor também deve chegar. Passar a vida chorando não posso. Também sofrer para sempre não dá. Você sabe que eu sou capaz de largar tudo para ficar com você, mas um dia não serei mais. Um dia, quem sabe, você se decida a ficar comigo? Mas talvez esse dia seja tarde demais.

Ela sempre o amaria, isso nunca mudaria. Poderiam não ficar juntos, mas o amor sempre estaria ali, firme. Mas agora precisava de distância, organizar seu pensamento. Não sair mais chorando da casa dele a cada despedida, não sentir mais aquele nó na garganta quando não acontecia nada. Precisava se reestruturar, se curar daquele amor que agora a magoava tanto.

Sim, ainda o esperava, mas agora como um sonho lindo e distante, aquele que te faz sorrir quando acorda...

sexta-feira, 13 de junho de 2014

CENAS DE LIVRO 2

“Tenho a sensação de que minha vida está muito dispersa neste momento. Como se fosse um monte de pedacinhos de papel e alguém ligasse o ventilador. Mas falar com você me faz sentir como se o ventilador tivesse sido desligado por um tempo. Como se as coisas pudessem de fato fazer algum sentido. Você junta todos os meus pedacinhos, e sou muito grato por isso.”

(Will e Will – Um nome, um destino. John Green e David Levithan).