ROMEU ⎯ (a Julieta) ⎯ Se minha mão profana o relicário em remissão aceito a
penitência: meu lábio, peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência.
JULIETA ⎯ Ofendeis vossa
mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. Nas mãos dos santos pega
o paladino. Esse é o beijo mais santo e conveniente.
ROMEU ⎯ Os santos e os
devotos não têm boca?
JULIETA ⎯ Sim,
peregrino, só para orações.
ROMEU ⎯ Deixai, então,
ó santa! que esta boca mostre o caminho certo aos corações.
JULIETA ⎯ Sem se mexer,
o santo exalça o voto.
ROMEU ⎯ Então fica
quietinha: eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados.
Você me perguntou por que eu
estava sem ar. Eu disse que te falaria quando estivéssemos sozinhos, porque
aquelas paredes têm ouvidos. Mas sempre é difícil estarmos sozinhos, e tão te
direi.
Há situações em minha vida que me
deixam nervosas e que eu não consigo controlar às vezes. A principal reação que
eu tenho com isso é a falta de ar. Por vezes é uma crise de pânico por conta da
ansiedade, mas ali não era pânico, era apenas eu sentindo demais e não conseguindo
externalizar. Eu acho que você não tem real noção do poder que você tem sobre
mim. Você é a única pessoa que já conseguiu fazer ligação direita em mim apenas
com olhar, e você faz isso de forma tão natural! Em algumas dessas situações penso
que tô perdendo a chance de fazer algo mais, de dar mais algum passo com você.
E eu senti isso ali, no sofá, quando você ficou tão perto e me olhou com aquele
olhar que é tão profundo, chegando a ser brutal. Meu coração não aguenta tantas
doses de você ao mesmo tempo, rs... eu congelo! Aí depois fico daquele jeito
que você viu, sentindo demais. Mas eu sei o quanto foi bom ter muitas doses de
você! Ah se foi!!!
Você me diz que sou louca. Entre
os vários motivos, sou louca por te amar. Não acho isso. Meu amor por você
talvez seja a única coisa lúcida que eu tenho na vida. Até porque você é o que
me traz de volta à realidade quando eu estou perdida em meu caos. Como isso
pode ser louco? Aqui, mais uma vez, acho que você não tem ideia disso, do
quanto você me fortalece pra enfrentar a vida, mesmo sem estar ao meu lado ou
falar comigo todos os dias. Você me dá mais eixo que a terapia, rs... se isso
tudo é loucura mesmo, talvez eu devesse ter mais dessa loucura, se é que é
possível!
Por fim, mas não menos
importante, as desculpas. Sempre que você me pede desculpas por ter feito algo
que me deixou chateada, eu digo que não precisa. E não precisa mesmo! Você não
tem que me pedir desculpas por ser você! Podem até dizer que sou louca por
dizer isso, mas é verdade. Eu é que preciso entender como você é e parar de criar
expectativas com base no que eu sou. Assim como você consegue entender minha bagunça
e ainda assim estar do meu lado, eu consigo entender como você é e estar com você.
Mesmo porque, se não fosse assim, não estaríamos tanto tempo juntos nessa
vida... Eu sei como você é, sei quem você é! E se ainda assim te quero comigo
pra sempre, eu tenho que aprender a lidar com as minhas frustrações. Sei que a
gente sempre deve fazer concessões quando se tem alguém tão próximo. Você
aceita meu caos, eu aceito sua procrastinação. Ponto!
Meu amor, nunca deixe que meus
hormônios, minha fome ou meu sono façam você acreditar que eu não te amo ou que
não vou desculpar alguma coisa. A gente é mais que isso! Ouvir você dizer que
me ama é um dos sons mais lindos do mundo! Ainda mais porque eu sei que é real!
Também quero dizer que te amo demais e que carrego comigo o que você já me
disse há tempos: “o amor é paciente”, e eu sei que se um dia nossa relação
mudar o tipo, isso será nosso guia, porque é assim que buscamos agir um com
outro sempre.
16 anos. Há exatamente 16 anos eu
dava meu primeiro beijo em você. O que foi ele para mim? O céu! Cheguei a ele
sem nem perceber a enrascada em que eu estava me metendo.
Após o primeiro beijo lá se foram
uns seis anos, pelo menos, da minha adolescência jogados fora por você. Quantas
coisas eu poderia ter feito se não estivesse trancada em meu mundo ilusório
sonhando com o dia em que você olharia para mim e diria que eu sempre fui o seu
amor.
Ok! Vamos virar a página, você
consegue! Consegui… consegui? Distância: essa foi a saída. Distanciei-me de
tudo que pudesse me lembrar de você (ou ao menos pensei que estivesse fazendo
isso). Mas um perfume, uma música, um sorriso… pequenas coisas do dia a dia me
faziam viajar para os seus braços, para aqueles poucos momentos passados
contigo.
Nessa história eis que se vão
mais alguns anos. Sim, acompanhei você pelos bastidores da vida. Uma foto, uma
conversa, um post qualquer… pequenos fragmentos vistos por de trás da cortina.
Aquela vida da qual eu não fazia parte, mas que eu sonhava em ser minha.
Opa! Acho que tenho uma segunda
chance! (Ou será que você quem estava tendo essa chance?)
O reencontro foi mágico! Como eu
ansiava por esse beijo… exatamente igual ao daqueles da adolescência! E agora?
Você estava na minha casa, tomando banho no meu banheiro. O que eu faço? O que
vai acontecer? Respira! Oxigena o cérebro! As coisas vão se encaminhar. Sorria
e acena!
Uou! Céu de novo! Acho que caí na
armadilha mais uma vez… Vamos com calma, lembra daqueles seis anos? Take it easy,
girl! E eu fui com calma, juro! E alguns momentos foram se tornando mais
próximos. Como eu conseguia ter tanta intimidade com você em tão pouco tempo?
Parecia que estávamos juntos há anos. Estar juntos? Acho que não…
É… e foi assim que a coisa se
mostrou! Eu estava com você, mas e você? Você estava comigo? Verdadeiramente
comigo? Porque muitas vezes o seu olhar me mostrava que você estava em qualquer
lugar, menos aqui. E todas as vezes em que você esteve aqui, parecia que depois
se arrependia e ia para mais longe ainda. Mas por quê? Será que já não era
tempo suficiente para você me querer ao seu lado? Acho que não…
Não? Por quê? Porque esse nunca
foi seu real desejo, hoje eu vejo isso. Sempre foi muito cômodo para você me
ter por perto. Isso já tem 16 anos. Não era amor nem nunca foi. Você nunca me
amou e nem nunca vai me amar. Já me doeu muito pensar isso, mas agora não dói
mais. Não dói não por eu não te amar, mas por saber que eu fiz de tudo para que
você me enxergasse como uma possibilidade e ainda assim nunca fui.
Você me falava para eu ter calma,
pois ainda tínhamos tempo. Acho que esse tempo se esgotou. Como eu posso
despender todo meu tempo para você se você não me faz o mesmo? Não, eu nunca
quis que você deixasse de fazer suas coisas para ficar comigo, mas muitas
dessas coisas eu poderia estar junto. Poderíamos ter feito tantas coisas
juntos, mas você me excluiu completamente da sua vida. Analise: o que vivemos juntos
nesse último ano foi ruim? Para mim não. Algumas turbulências no caminho, mas
não foram ruins. Então por que não você me incluir na sua vida assim como eu te
incluí na minha?
Mas agora deu. Não consigo mais
me doar para você. Não tenho mais estrutura para suportar essa situação, esse “jeito
safado”. “Coração machucado” não dura para a vida toda. Sim, “você não me
esqueceu, nem muito menos eu”, mas prefiro manter na lembrança todos os
momentos maravilhosos que tivemos a destruí-los com cada rejeição sentida.
Uma vida linda se estendeu à
nossa frente, mas ela nunca esteve ao nosso alcance. Reciprocidade não existiu
e um amor sem isso não dura. Vivi com você tudo o que sonhei durante aqueles
seis anos chorando no quarto. Cada toque, cada sensação boa sentida… tudo
vivido está marcado tão profundamente na minha alma que nada nem ninguém serão
capazes de apagar, mas não consigo mais.
E você sabe que mais cedo ou mais
tarde isso aconteceria. Planos de vida tão díspares não são capazes de caminhar
juntos por muito tempo. Meus sonhos nunca foram compatíveis com os seus. Meu
ritmo nunca bateu com o seu.
Acho que é o fim. Mas não é um
fim triste. É apenas uma despedida em frente a uma bifurcação onde cada um de
nós decidiu tomar um caminho. Sim, te amo, te amei e sempre te amarei. A
promessa daquela garota boba feita na última matéria do seu caderno existirá
para sempre, mas nosso momento acabou.
Se nossa história for para
sempre, talvez nossos caminhos se cruzem. Se não for, obrigada por me fazer
feliz, mesmo que em pouco tempo.
Sabe naqueles filmes americanos
em que as pessoas juntam as folhas secas no quintal depois de uma ventania?
Então… eu tinha acabado de fazer isso em mim. Aí você chegou e espalhou todas
as folhas de novo, como o vento que passa, mas não fica. Agora aqui estou eu em
desordem novamente tendo que juntar todas as folhas no quintal da minha vida.
Antes do nosso intensivão de
intimidades eu não tinha me permitido conhecer você. Ao me abrir, eis que surge
uma pessoa que eu nunca imaginei ser. Até levei um susto e custei a acreditar.
Você me encantou e isso é pior
que me fazer apaixonar. Por quê? Porque o encanto para mim é de alma, diferente
da paixão, que é de corpo. Conhecer você, sem muros entre nós, mexeu com minha
alma. Como são boas essas surpresas da vida!
Obrigada! Mesmo… Muito obrigada!
Estava com saudades de sentir esse encanto por alguém.
Há tempos as provocações
aconteciam. Mas ninguém é de ferro, nem mesmo aquela menina sempre tão
controlada em todos os aspectos de sua vida. Ele se esfregava nela, falava
obscenidades em seu ouvido e depois escorregava sua boa boca pelo pescoço dela.
Quem conseguiria se conter em uma situação dessa? Ela conseguia.
Porém, certo dia esse controle
começou a enfraquecer. Ele, claro, tirava sempre o dele da reta afirmando não
prestar e ser um cafajeste, que ela merecia algo melhor que ele. Isso já a
estava enlouquecendo. Até que um dia ela falou ao pé do ouvido dele uma única
frase:
-
Me come!
E assim ele o fez.
Saíram daquele ambiente
e foram para a casa dela. Já no carro começou o clima. Havia uma certa vibração
no ar. Aquele clima envolvendo ambos. Ainda assim a ansiedade e o nervosismo
dela começaram a dar sinal. O que fazer? Como agir? E se ele não gostar de
nada? Toda a falta de experiência manifestando-se naquele instante dentro de
seu ser. Entretanto, não o suficiente para apagar a chama que começara a se
formar entre suas pernas.
Chegaram finalmente a
casa dela. Logo que entraram pela porta já se agarraram. Ele a amassou contra a
parede se esfregando nela e cada vez mais abrindo as pernas dela. As
respirações já estavam ofegantes. Ele disse-lhe:
-
Vou te foder até você virar do avesso!
Pronto! Esse foi o sinal
para que ela se soltasse e a cena mais inconcebível de sua vida tivesse início.
Ela se agarrou ainda mais àquele homem e o beijou como se fosse a última coisa
que faria em sua vida. As mãos já passeavam por cada centímetro dos corpos,
explorando todo aquele território novo.
Ele a virou de costas.
Ela rebolou para ele. O vestido fora levantado e a calcinha abaixada. Ele
sentiu a umidade que já saia dela e a inclinou sobre o móvel da sala. Num
átimo, ele abaixou sua calça e colocou para fora seu membro. A sensação dele a
invadindo foi única. Incrível como um movimento já prometia algo inesquecível.
Ele começou a se
movimentar em um ritmo constante e ela sentindo toda aquela sensação. Ele dava
tapas em sua bunda e isso só aumentava todo aquele prazer. Ele baixou a mão e
tocou o sexo dela, intensificando o que já era extremo. Então ela não se
conteve e gozou em seu pau como nunca fizera com homem nenhum.
Então, aproveitando as
pernas já fracas, ela ajoelhou no chão e colocou-se a chupar todo o seu sabor
daquele membro exposto em sua frente. Ela fez jus à retribuição que dava. Nisso
ela sabia que era boa. Já sabia que os movimentos deveriam ser constantes,
assim como os que ele fizera metendo nela. Primeiro sentiu o gosto que estava
nele, depois chupou apenas a cabeça e o masturbou. Foi descendo a boca até
engolir tudo. Aquele homem soltou um gemido intenso e começou a foder a boca
daquela mulher ajoelhada em seus pés. Ela sentiu seu tesão aumentar ainda mais
por estar proporcionando um prazer dessa imensidão àquele homem. Enfim ele gozou
na boca da mulher.
Mas os dois ainda não
estavam satisfeito. A mulher já estava se masturbando enquanto sua boca era
fodida. Ele, notando aquela situação, logo que gozou a sentou no sofá e pôs-se
a chupar toda aquela buceta molhada. Chupou até que sentiu seu membro rijo
novamente. A mulher, neste momento já estava quase gozando novamente. Num
movimento de maldade ele parou de chupá-la e começou a provocá-la, apenas
roçando seu pau na buceta. Ela já gritava e pedia que ele a fodesse forte,
porque ela já não estava mais se segurando. Ele ainda a provocou um tempo até
que, quando ela menos esperava, ele meteu. E meteu com força, fodendo aquela
mulher ainda mais intensamente que da primeira vez.
Ela gozou de novo.
-
Agora eu vou foder seu cu.
Pronto, ela tremeu
novamente. Ele simplesmente a virou e colocou-a de quatro, com a bunda
completamente exposta. Ela nem forças tinha para protestar. Simplesmente pensou
foda-se! Literalmente, neste caso.
Ele encaixou a cabeça do
pau no buraco dela. Começou a movimentar-se lentamente para que ela acostumasse
com a situação. Aos poucos foi enterrando mais. Ela, como ainda estava com muita
excitação, até que achou aquela sensação gostosa. Ainda mais que ele a
masturbava enquanto fazia isso. Enfim, chegou o momento em que a bunda dela
engoliu todo aquele membro. Ele parou um pouco para que tudo se adaptasse
àquilo. Então começou o vai e vem. Mesmo com a dor que ela sentia essa ainda
era menor que o prazer do momento. Não durou muito, os dois gozaram. Ele
simplesmente deitou por cima dela e os dois ficaram um tempo assim, recobrando
as energias que foram embora.
Quando conseguiram
levantar, foram tomar banho. Mais brincadeiras rolaram debaixo do chuveiro
enquanto um esfregava o outro. Saíram do banho, vestiram as roupas. Ele foi
embora para a casa dele.
No dia seguinte apenas o
bom dia de sempre, porém, agora carregado de segredos e desejos.